SE ALGUÉM VOS BATE NA FACE DIREITA, APRESENTAI-LHE TAMBÉM A OUTRA
Essa passagem do Evangelho é uma passagem
de compreensão não imediata, certas passagens conseguimos logo na primeira leitura
identificar o conteúdo, para essa é necessário que se faça uma reflexão, não
podemos interpretá-la literalmente, é preciso entender qual o sentido que o
Cristo dava a essas palavras, podemos dizer que os ensinamentos deixados por Jesus foram:
Amor, Fé, Fraternidade, Caridade e Resignação,
Essa mensagem fala dessas cinco ensinamentos
ao mesmo tempo, precisamos colocar o ensinamento do Cristo em prática, a todo
momento, como fazer isso? Então temos o exemplo claro, se receber uma agressão,
não reaja a essa agressão, uma manifestação de ódio, ofereça o rosto, é necessário
a resignação, manifestar o ódio com amor, muito daquilo que entendemos como o grande mal da
humanidade no momento, é a manifestação do orgulho, como combater o orgulho? Com
os cinco pilares, dos grandes ensinamentos todos os dias nas nossas vidas.
É por isso que precisamos elaborar muito,
a reflexão, não podemos interpretar ao pé da letra, porque não vamos também nos
colocar numa posição de sofrer uma violência, mas ao mesmo tempo se viermos a
sofrer uma violência, acolher com resignação, entendimento, acolhendo aquilo, é
muito importante.Jesus veio trazer uma nova revelação. Sua palavra acima, “Eu, porém, vos digo...” reflete a Sua intenção de reformulador de conceitos, ele trazia um novo paradigma moral para a humanidade (diferente da imagem de seu antecessor Moisés, que pregava que deveríamos ser tementes à Deus, o Cristo vem trazer a imagem do Deus amoroso, e paciente com o progresso espiritual de cada um dos filhos).
Eu porém vos digo Ele reflete a sua intenção de reformador de conceitos e mudar a imagem de um Deus que devemos temer e trazer um novo paradigma moral, para a humanidade.
Ensinava que
a Lei de Amor é que promoverá a ascensão moral e física do homem.
A passagem em estudo mostra muito bem qual o comportamento íntimo recomendado pelo Mestre Divino para que a harmonia, a paz, ligados conectados conosco , conectados com o Reino de Deus, para que se instale entre os homens. O comportamento da não violência, da condescendência, da compreensão. Oferecer a outra face, na simbologia da parábola, tem esse condão (neste caso a reforma íntima é o único caminho para que possamos atingir este estado de Consciência).
Nós que
somos estudantes da doutrina espírita, temos que ter a consciência que só vale
o ensinamento se colocado em prática, por isso não é uma religião, e sim uma
doutrina,A passagem em estudo mostra muito bem qual o comportamento íntimo recomendado pelo Mestre Divino para que a harmonia, a paz, ligados conectados conosco , conectados com o Reino de Deus, para que se instale entre os homens. O comportamento da não violência, da condescendência, da compreensão. Oferecer a outra face, na simbologia da parábola, tem esse condão (neste caso a reforma íntima é o único caminho para que possamos atingir este estado de Consciência).
É necessário
ser posto à prova por mais que haja um caráter religioso, temos que estudar,
internalizar e colocar a fé a prova a todo momento, como fazemos isso? Com as
nossas atitudes, trazendo essa qualidade para o nosso dia a dia, vamos ser
testados de todas as formas.
Não
significa que o homem bom, deva ficar à mercê dos desequilíbrios dos violentos,
dos insensatos, inerte, sem reação, aceitando passivamente que o mal predomine
(O próprio Cristo se indignou contra aquilo que era injusto, como na passagem
em que ele expulsa os mercadores do templo em Jerusalém).A razão evidencia que a passividade inerte não é essencialmente o ensinamento do Mestre, mas sim que o sentimento íntimo de paz e harmonia prevaleça nas reações, a fim de que ela se transmude em ensinamento, para que seja proveitoso para o irmão em desajuste e consequentemente para toda a humanidade. As vezes, quem pratica a violência, não tem consciência. Ao não reagir às vezes damos um “tapa” moral de volta
numa pessoa, talvez ela assimile que a violência não seja a melhor conduta. Isso vai gerar uma semente diferente.
Oferecer a outra face, não quer dizer que aceitemos passivamente a violência, mas, que usemos das nossas atitudes e conduta para haja um ensinamento, uma melhoria do próximo, esse é o grande aprendizado.
Não podemos desperdiçar o momento, para que você possa oferecer um ensinamento, de dar uma melhoria para alguém.
Sobre esta passagem, Eliseu Rigonatti em “O Evangelho dos Humildes”, nos esclarece:
“Jesus aqui nos ensina que a lei divina proíbe rigorosamente a vingança. Estando já os povos mais adiantados em compreensão espiritual, Jesus lhes demonstra com seus ensinamentos que o castigo deve sempre vir do Alto, o qual sabe melhor como obrigar ao que errou a corrigir o erro cometido contra o próximo.
Ao Senhor pertence punir os seus filhos rebeldes; pois, não afirmou Jesus que serão saciados os que clamam por justiça? Então por que cada um querer procurar fazer justiça por suas próprias mãos? Quem somos nós? Qual é a nossa envergadura moral para julgar o outro?
A vingança tem enchido prisões, arruinado lares e perdido existências preciosas. Nos tribunais se arrastam longos processos e demandas, litígios e querelas que, consumindo as posses de seus autores, os empobrecem e originam ódios seculares. Eis porque Jesus, que veio combater todas as causas das infelicidades materiais e espirituais da humanidade, recomenda-nos que procuremos harmonizar as situações sem recorrermos a vingança, mesmo que tenhamos de arcar com prejuízos materiais ou morais.
Às vezes a postura de oferecer a outra face, a uma pessoa com o coração cheio de cólera ou de ódio, parece uma covardia, mas quem tem já essa consciência é um grande exemplo de envergadura moral.
Quando em posse de um coração colérico, ou de muita raiva, não está preparado para enxergar esse lugar.
Aconselhando-nos a que andemos dois mil passos com quem nos obrigar a andar mil, ou seja, para uma violência, um ato hostil, temos a capacidade de reverter com nossa fraternidade, amorosidade, fé, generosidade, nos resignando e ajudando isso é caridade. Jesus nos aconselha a obediência para com nossos superiores. Nos lugares subalternos nos quais a vida nos colocar, aprendamos a obedecer sem murmurar. A obediência é uma grande virtude. Se não soubermos obedecer aos homens, como poderemos obedecer a Deus e cumprir-lhe as ordens, vivendo conforme sua vontade?
Lembremo-nos que a Justiça Incorruptível de Deus, em tempo oportuno restituir-nos-á o que nos tiraram e considerará nossa obediência.”
A recompensa não é aqui nesse mundo, nós estudantes do espiritismo temos que ter isso muito claro em nossas mentes, tudo aquilo que semearmos, talvez não seja para uma colheita agora, uma colheita futura, é com fé na colheita que temos que agir, isso motiva toda essa compreensão todo esse estudo, toda essa qualidade.
Isso tudo para que possamos entender cada vez mais que somos responsáveis pelo nosso livre arbítrio, o que é nosso livre arbítrio? São as nossas escolhas, desde que tenhamos consciência podemos escolher, com que qualidade estamos fazendo nossas escolhas para crescermos? Para auxiliarmos a quem precisa de ajuda, como estamos contribuindo para que o mundo melhore? Para que um dia deixe de ser mundo de expiação e de provas, e se transforme num mundo de regenaração? essa é a nossa missão planetária, é isso que o Cristo veio nos ensinar é isso que nós temos que aprender hora ou outra, não importa o tempo que cada um vai demorar para aprender pois, todos terão que passar pela lição.
Aqueles que antes trouxerem em seus atos os cinco ensinamentos, que Jesus nos deixou, vão estar vivenciando a felicidade de estar com Deus, isso é muito sério, isso é uma meta, não é um pedido, é uma promessa, dependerá do esforço de cada um.
Como vamos manifestar a fé, o amor, a caridade, fraternidade, resignação? porque muitos não têm essa consciência, muitos precisam dessa consciência, e Jesus nos diz: - ”Aproveitemos a oportunidade para darmos o exemplo, não desperdicemos nenhum momento para aprendermos a lição, e a lição vêm dos nossos próprios exemplos.
Que envergadura teremos para cobrar de alguém, se não pudermos manifestarmos em nós aquilo que achamos que o outro precisa ser? Não temos que achar nada! Temos que entregar tudo a Ele, o Mestre sabe o que faz, Deus há de ser o Grande Juiz, não nos cabe esse papel, não nos cabe carregar a vaidade, só nos cabe aprendermos com humildade.
O Mestre trouxe na sua atitude, na sua humildade aprendizados para mais de dois mil anos, que são aprendizados perenes. Exemplo maior não há, professor maior não há.
Que todos nós possamos daqui para frente oferecer a outra face, porque isso não é um ato de covardia, é um ato de valentia, um ato de construção, de engrandecimento moral, e essa é a nossa meta nessa grande escola espiritual, que possamos crescer cada dia mais, ter mais fé, caridade, amor e resignação.
Que assim seja.
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