A VERDADEIRA PROPRIEDADE
CAP. XVI
"Ao homem, sendo o depositário, o gerente dos bens que Deus depositou em suas mãos, lhe será pedida severa conta do emprego que deles tiver feito em virtude do seu livre-arbítrio. O mau emprego consiste em não fazê-los servir senão à satisfação pessoal; ao contrário, o emprego é bom todas as vezes que resulta um bem qualquer para outrem; o mérito é proporcional ao sacríficio que se impõe.
A beneficência não é senão um modo do emprego da fortuna; ela alivia a miséria atual; aquieta a fome, preserva do frio e dá asilo àquele que não o tem; mas um dever igualmente imperioso, igualmente meritório, consiste em prevenir a miséria; nisso sobretudo, está a missão das grandes fortunas, pelos trabalhos de todos os gêneros que que podem fazer executar." (ESE)
Os bens verdadeiros que nós temos não são materiais!
Nada do plano físico nos pertence!
Tudo o que experimentamos no plano físico são instrumentos de evolução, e aquisição espiritual.
O Espírito consolador revela que todos nós somos fiéis depositários de Deus.
Mas afinal, o que é ser fiel depositário de Deus?
É estar de posse de bens que lhe foram confiados por Deus, e que se deverá prestar contas, através das escolhas que voce tiver feito, é feita a diferenciação do mau uso dos bens, para o bom uso dos bens.O mau uso dos bens se caracteriza na utilização dos mesmos apenas para a nos dá satisfação pessoal (egoismo|). O bom uso dos bens se caracteriza pela entrega dos nossos recursos para proporcionar algum bem para os outros.
O Espírito consolador nos alerta que o bom uso dos bens, não se caracteriza apenas pela beneficência caridosa, mas também, pela possibilidade de prevenir a miséria através do oferecimento de postos de trabalho (missão, principalmente das grandes fortunas), e que esta prática, é igualmente meritória, pois "o trabalho desenvolve a inteligência e exalta a dignidade do homem".
O pão nosso conquistado é inspirador, ao passo que a esmola é humilhante e degradante.
O Espírito consolador recomenda ainda que os ricos devem promover o bem estar à todos ao seu redor, pois estes serão os primeiros a serem beneficiados com os gozos da alma, aoi invés dos gozos materiais do egoísmo, e para confirmar estas palavras, é citado o trecho da parábola dos talentos, onde é concedido ao servo fiel, a recompensa do gozo com Deus.
Ainda sobre a parábola dos talentos, o Espírito consolador desvenda a importante metáfora do servo que enterrou o dinheiro que lhe havia sido confiado, explicando que esta é a imagem dos avarentos, em cujas as mãos, as fortunas tornam-se improdutivos.
O mentor esclarece ainda que Jesus falava das esmolas, pois estas eram mais comuns no seu tempo em que o acesso ao trabalho era bem mais restrito, se comparado com a época em que esta mensagem foi recebida, na França que se encontrava no processo da revolução industrial e aberturas de postos de trabalho, onde as fortunas poderiam ser melhor empregadas.
O Espírito consolador termina a mensagem recomendando que nós devemos dar esmolas quando necessário, mas sempre que possível, nós devemos converter as esmolas em salários, afim de que aquele que a receber não tenha do que se envergonhar.
O mentor novamente insiste que a ajuda deve ser temporária, e que devemos criar condições para que as pessoas que sofrem possam encontrar o caminho para saírem dessa condição desfavorável, e que tão importante quanto as condições de subsistência, são as condições morais dos espíritos encarnados.
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