EVANGELHO DE 16/07/2015 CONVIDAR OS POBRES E OS ESTROPIADOS CAP. XIII
Ele disse também àquele que o havia convidado: Quando derdes a jantar ou a ceiar, para isso não convideis nem vossos amigos, nem vossos irmãos, nem vossos parentes, nem vossos vizinhos que serão ricos de medo que eles vos convidem em seguida, a seu turno, e que, assim retribuam o que haviam recebido de vós. Mas quando fizerdes um festim, convidai para ele os pobres, os estropiados, os coxos e o cegos; e estareis felizes porque não terão meios para vo-lo retribuir; porque isso vos será retribuído na ressurreição dos justos.
Um daqueles que estavam à mesa, tendo ouvido essas palavras, lhe disse: Feliz aquele que comer do pão no reino de Deus. (Lucas, cap. XIV, v. de 12 a 15).
Em verdade eu vos digo: a recomendação de Jesus não é apenas para festas, é para qualquer situação em nos depararmos com um irmão em dificuldades sejam materiais ou espirituais.
Não se deve fazer o bem com vistas a devolução, mas sim, pelo prazer de fazê-lo!
A definição de Allan Kardec para banquete é a de abundância daquilo que nós desfrutamos.
Você pode até não se considerar em abundância, mas ao olharmos pro lado, e reparar quantos são os que se encontram em situação muito pior que a nossa, será que não nos consideramos abundantes?
Abundância não necessariamente será de riqueza material, mas de atributos ou virtudes como paciência, persistência, coragem, compreensão, entre outros.
Nós todos temos algo para dar, mas na maioria das vezes, nos colocamos na condição de vítimas, para justificar as nossas ausências caridosas.
A ilusão da vida material nos impõe uma troca (barganha) exemplo: amar se for amado, dar pensando em receber algo em troca (isso corrompe nossas atitudes). Isso não é caridade.
A melhor prova é a de fazer o bem sem interesse nenhum! Quantos de nós praticamos o bem sem interesse nenhum, o bem pelo bem. É dar para aquele que não possui condição de retribuir ( é por isso que a figura do estropiado é citada no texto (estropiado = mutilado) no evangelho é utilizada essa alegoria para realmente dizer da pessoa que não tem a menor condição de retribuir, usar de ênfase.
Jesus pregava o desinteresse pessoal na ação de fazer o bem, estamos estudando as grandes ações do Mestre, que não tinha hora, não tinha momento, não tinha condição, se pudesse Ele faria.
Dar sem olhar a quem, porque a recompensa nem sempre vem, essa é a forma de cumprirmos a nossa missão como encarnados, se pudermos temos que nos doar mais e nos propor a receber menos, quantos de nós fazemos isso? é dar e não cobrar nem um tipo de retribuição talvez seja uma lição para todas as nossas encarnações e algumas outras porque vivemos num ambiente que corrompe, que nos incentiva a fazer exatamente o contrário, talvez seja por isso que esse planeta, essa encarnação seja uma grande escola, uma grande lição, se a gente já passou por esse aprendizado, talvez estejamos ratificando o aprendizado, para que possamos seguir adiante na nossa caminhada espiritual, senão , se estamos passando pela primeira vez que a gente possa internalizar esse aprendizado e seguir adiante.
Se você não consegue doar para aquelas pessoas mais próximas, o que diremos então do Evangelho que prega que devemos agir desta forma com os nossos inimigos? A caridade deve começar na família consanguínea, que não se reuniu na terra por acaso.
A grande reflexão e o grande convite deste texto do Evangelho. é que nós podemos ser graças ao nosso livre-arbítrio, instrumentos de luz, e trazer grande alívio para outra pessoa. Esta conduta nos levará ao devido adiantamento moral e espiritual. O convite de Jesus é para prática da benevolência, sem ostentação, e sabendo disfarçar ao máximo o beneficio concedido, oferecido ao outro, com sincera cordialidade.
Outra reflexão importante é que devemos estar sempre atentos e vigilantes para as nossas ações e pensamentos e para a oportunidade de praticarmos a caridade, já que as nossas ações repercutem tanto na nossa vida como encarnados, como na nossa vida espiritual; portanto, vale a máxima "orai e vigiai" SEMPRE!
Tudo que fizermos na vida presente repercutirá nas outras vidas que seguirão, tudo que fazemos tem um desdobramento, então estudaremos com outra qualidade, plante um grãozinho de mostarda e logo terás uma árvore frondosa, vai depender de como fizer a plantação e a nós estamos aqui para plantar a nossa caminhada venturosa do nosso aperfeiçoamento.
Quem pratica a alegria verdadeira do amor puro e desinteressado, traz para si o reino de Deus em vida. Talvez se possa trazer o céu pra dentro de si ainda encarnados, pois o céu está dentro daquele que tem boa qualidade com que pensa, a fé orientando, sem perder a oportunidade de agir.
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